• Sete Rosas

  José Luis Gordo (letra) Tiago Machado (música)  

  • Lyrics

    O meu amor diz que tem
    Sete rosas p’ra me dar
    Mas nunca disse a ninguém
    Aonde as foi apanhar

    Ref.
    Foi ao jardim da saudade
    Tem sete fontes de prata
    Foi lá matar a saudade
    E a saudade não se mata

    Tem olhos da cor do vento
    Sorrisos da cor do mar
    Tem na boca o movimento
    De quem está sempre a sonhar

    Traz nas mãos tanta ternura
    E carinhos para dar
    Sete rosas de saudade
    Que teimam sempre em ficar

    Ref.

  1

• Chuva

  Jorge Fernando (letra e música)  

  • Lyrics

    As coisas vulgares que há na vida
    Não deixam saudade
    Só as lembranças que doem
    Ou fazem sorrir

    Há gente que fica na história
    Da história da gente
    E outras de quem nem o nome
    Lembramos ouvir

    São emoções que dão vida
    À saudade que trago
    Aquelas que tive contigo
    E acabei por perder

    Há dias que marcam a alma
    E a vida da gente
    E aquele em que tu me deixaste
    Não posso esquecer

    A chuva molhava-me o rosto
    Gelado e cansado
    As ruas que a cidade tinha
    Já eu percorrera

    Ai... meu choro de moça perdida
    Gritava à cidade
    Que o fogo do amor sob chuva
    Há instantes morrera

    A chuva ouviu e calou
    Meu segredo à cidade
    E eis que ela bate no vidro
    Trazendo a saudade

    A chuva molhava-me o rosto
    Gelado e cansado
    As ruas que a cidade tinha
    Já eu percorrera

    Ai... meu choro de moça perdida
    Gritava à cidade
    Que o fogo do amor sob chuva
    Há instantes morrera

    A chuva ouviu e calou
    Meu segredo à cidade
    E eis que ela bate no vidro
    Trazendo a saudade
    E eis que ela bate no vidro
    Trazendo a saudade

  2

• Vendedor de sonhos

  Fernando Lameirinhas (letra e música)  

  • Lyrics

    Sou vendedor de sonhos
    Faço, desfaço remendo
    De linhas sonoras emendo
    Tristezas que me namoram

    Bato, grito e faço
    Sofro mais e vou sofrendo
    Do que não tenho encomendo
    Vendo sonhos ao compasso

    Ref.
    Oh he oh he oh he
    Vendo sonhos a quem mos compra
    Oh he oh he oh he
    Sou vendedor de sonhos
    Oh he oh he oh he
    Vendo sonhos ao compasso
    Oh he oh he oh he
    Sou vendedor de sonhos

    De palavras faço renda
    E trespasso nada invento
    Apenas o que a natureza
    Me dita todo o tempo

    De sentimentos eu visto
    As lágrimas o meu pranto
    E os tons da pena eu canto
    Pinto o amor em preto e branco

    Ref.

    Fio de magia, arco da sorte
    Intensamente eu procuro
    O sul d’alegria n’este frio norte
    No tedio escuro brilha a fantasia

    Ref.

  3

• (Eu canto) este meu fado este meu povo

  José Luís Gordo (letra) Tiago Machado (música)  

  • Lyrics

    Eu canto este fado este meu povo
    A este meu país me dou de corpo inteiro
    E cada canto em mim é sempre novo
    És tudo para mim amor primeiro

    Na minha voz derramo um rio
    Que inventei somente para ti
    Ai povo que me matas este frio
    E a voz de te cantar só eu vesti

    Nesta entrega total a ti me entrego
    Como se fora teu somente teu
    Este meu canto pátrio eu não o nego
    Pois foi de ti meu povo que nasceu

    Eu canto este meu fado este meu povo

  4

• Zanguei-me com o meu amor

  Linhares Barbosa / Jaime Santos  

  • Lyrics

    Zanguei-me com o meu amor
    Não o vi em todo o dia
    À noite cantei melhor
    O fado da mouraria

    O sopro de uma saudade
    Vinha beijar-me hora a hora
    P’ra ficar mais à vontade
    Mandei a saudade embora

    De manhã arrependida,
    Lembrei e pus-me a chorar
    Quem perde o amor na vida,
    Jamais devia cantar!

    Quando regressou ao ninho
    Ele que mal assobia
    Vinha assobiar baixinho
    O fado da mouraria

  5

• Canção do mar

  Ferrer Trindade (letra) Frederico de Brito (música)  

  • Lyrics

    Fui bailar no meu batel
    Além no mar cruel
    E o mar bramindo
    Diz que eu fui roubar
    A luz sem par
    Do teu olhar tão lindo

    Vem saber se o mar terá razão
    Vem cá ver bailar meu coração

    Se eu bailar no meu batel
    Não vou ao mar cruel
    E nem lhe digo aonde eu fui cantar,
    Sorrir, bailar, viver, sonhar….contigo

  6

• Mãe preta

  António Amábile (Piratini) (letra) Caco Velho (música)  

  • Lyrics

    Pele encarquilhada
    Carapinha branca
    Gandôla de renda
    Caindo na anca

    Embalando o berço
    Do filho do sinhô
    Que há pouco tempo
    A sinhá ganhou

    Era assim que mãe preta fazia
    Criava todo o branco
    Com muita alegria
    Porém lá na sanzala
    O seu pretinho apanhava
    Mãe preta mais uma lágrima enxugava

    Mãe preta
    Mãe preta

    Ref.
    Enquanto a chibata
    Batia no seu amor
    Mãe preta embalava
    O filho branco do sinhô

  7

• Viana

  Fernando Lameirinhas (letra e música)  

  • Lyrics

    Na minha alma franzina
    Gravou-se esta imagem
    De uma cidade pequenina
    Minha primeira viagem

    Vindo do monte, da aldeia
    Eu cheguei á beira-mar
    Vi uma praia de areia
    E ouvi o mar cantar

    Ref.
    Oh Viana Viana
    Viana, Castelo da minha infância

    Teus Pescadores no alto mar
    Bêbedos de solidão
    Sonhavam em regressar
    Com saudades no coração

    E abraçar a sua gente
    Contra o peito bem forte
    Esses homens que eram valentes
    Vinham lá do frio norte

    Ref.

    Em tuas ilhas pastavam
    Grandes e negros touros bravos
    Ainda o eco das touradas
    O galope das manadas

    Linda Viana Viana
    Berço da minha infância

  8

• Madrugada

  Fernando Lameirinhas (letra e música)  

  • Lyrics

    A triste noite acabada
    Nos promete o dia de novo
    E a manha se desperta
    De madrugada

    Quando a penumbra cede á luz
    E o sono ‘inda agasalha
    Vai a madrugada
    E o sol vem quando calha
    Madrugada

    Ref. 2x
    Madrugada, madrugada
    O dia nasce
    Quando a noite acaba

    Mundo dos deita tarde
    Dos pálidos sem sono
    Dos gatos, cães sem dono
    Dos bafios da cidade
    Quando chega a madrugada, a claridade

    Amantes
    Inocentes enganados
    Dos fadistas sem rosto
    De madrugada fazem versos
    De tristezas e desgostos

    Ref.

    Escondidos
    Traídos pela lua
    Os vadios da rua
    Cheiram o primeiro pão fresco
    Fumam o último cigarro
    Quando voltam da noitada
    De madrugada

  9

• Por teus dedos guitarrista

   

  • Lyrics

    São teus dedos, guitarrista
    Mais carícia do que amarra
    Que enlouquece, que conquista
    Um Corpo-mulher-guitarra

    Por amor de estranhos segredos
    A nós mortais, proibidos,
    A guitarra nos teus dedos
    Tem mais que cinco sentidos

    Ref.
    Levanta, qual sonho alado
    A voz, num céu de ser voz
    E um misterioso bailado
    Vem bailar dentro de nós

    Pára, guitarrista, a ronda
    Que a guitarra não se acalma
    E rompe, como uma onda,
    Nas praias da nossa alma

    Que alquimia, que bruxedos
    Que poder, maior, agarra
    O poema dos teus dedos
    À nudez dessa guitarra

    E esse corpo de madeira
    Vindo da árvore que é santa
    Toma vida a noite inteira
    E geme, soluça e canta

    Ref 2x

  10

‘Op haar debuut album Este meu Fado is goed te horen hoezeer Daisy zich heeft ontwikkeld. Ze zingt haar fado’s voortreffelijk. Niet al te streng in de leer, maar wel rechtstreeks uit het hart’, schreef Platomania.
Met dit album treedt Daisy voor het eerst naar buiten als Fadozangeres. Zij laat horen hoe zij de fado beleeft en laat beleven.